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PT2231708E - Remédios para pênfigo contendo anticorpos anti-ligando de faz - Google Patents

Remédios para pênfigo contendo anticorpos anti-ligando de faz Download PDF

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PT2231708E
PT2231708E PT88597927T PT08859792T PT2231708E PT 2231708 E PT2231708 E PT 2231708E PT 88597927 T PT88597927 T PT 88597927T PT 08859792 T PT08859792 T PT 08859792T PT 2231708 E PT2231708 E PT 2231708E
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Carlo Pincelli
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Description

DESCRIÇÃO "Remédios para pênfigo contendo anticorpos anti-ligando de Fas" A presente invenção refere-se ao uso de antagonistas do ligando de Fas humano (também denominado CD95L ou ApolL e doravante abreviado como FasL), mais particularmente ao uso de anticorpos humanizados contra FasL para a prevenção e/ou tratamento de doenças da pele associadas com acantólise de queratinócitos, nomeadamente para a prevenção e/ou tratamento de pênfigo. 0 pênfigo é uma condição bolhosa e autoimune da pele caracterizada pela perda de adesão dos queratinócitos devido a autoanticorpos dirigidos contra proteínas desmossómicas (desmogleínas, dsg). 0 pênfigo tem uma distribuição mundial com uma incidência de aproximadamente 1-5 por 100 000 por ano e com uma predominância no sexo feminino. O pênfigo caracteriza-se pela perda de adesão dos queratinócitos suprabasais que se tornam arredondados num processo conhecido como acantólise. A patogénese do pênfigo está a sofrer uma revisão importante maioritariamente porque, além de anticorpos anti-desmogleína, um novo grupo de anticorpos de recetor anticolinérgico pode induzir acantólise (Kalish, 2000). Além disso, demonstrou-se que o impedimento estereoquímico não é o único responsável pela formação de vesículas por ligação antigénio-anticorpo (Kitajima, 2002) . Além disso, demonstrou-se que a formação de desmossomas não é inibida pela ligação dos autoanticorpos de pênfigo (PVIgG) a pênfigo, ao passo que as ligações desmossómicas se dissociam 24-36 horas após tratamento com PvIgG. Durante este período de tempo, ocorrem uma série de etapas de transdução de sinal desencadeadas por PVIgG.
Estas observações sugerem um papel para a apoptose em pênfigo. De facto, o pênfigo é uma doença devida à ausência de adesão celular (Payne AS et al., 1978) e pode ocorrer apoptose em associação com descolamento celular (Marconi et al., 2004) . Estes conceitos são completamente confirmados por deteção de apoptose em pele com lesões de pênfigo. Nomeadamente, as células acantólicas expressam os principais marcadores de apoptose (Wang X et al., 2004) . Mais interessante ainda, também se encontram núcleos com marcação TUNEL ligados ao teto da vesícula, o que sugere a presença de células apoptóticas em pele perilesional antes do descolamento. Além disso, detetam-se células apoptóticas que expressam Ig e caspase-8 ativada nos bordos da lesão, em áreas nas quais não é visível qualquer disrupção do contacto célula-célula (Wang X et al., 2004) . Estes dados demonstram inequivocamente que no pênfigo, a apoptose ocorre nos queratinócitos antes da acantólise. A apoptose desempenha um papel fundamental na regulação da homóstase celular e está envolvida em muitos processos patofisiológicos. A apoptose pode seguir-se tanto a descolamento entre células (Rezgui et al., 2000; Bergin et al., 2000) como a perda de interação célula-matriz (Giancotti e Ruoslahti, 1999) . O Fas (ou FasR) é um membro da superfamília de recetores TNF que, por ligação a ligando de Fas (FasL) , desencadeia apoptose em muitos sistemas celulares (Sharma et al., 2000) . A sinalização intracelular da apoptose induzida por Fas-FasL opera através do recrutamento de várias moléculas adaptadoras tais como FADD (domínio de morte associado a Fas) e FLICE (ICE do tipo FADD, caspase 8), que por sua vez é inibida por FLIP (proteína inibidora de FLICE) (Juo et al., 1998) . A interação Fas-FasL está envolvida nos mecanismos patológicos de várias condições imuno-inflamatórias e infeciosas, tais como SIDA (Bahr et al., 1997) e lúpus eritematoso sistémico (Kovacs et al., 1997) . As doenças cutâneas caracterizadas por uma implicação da via Fas-FasL incluem doença enxerto-contra-hospedeiro aguda, necrólise epidérmica tóxica e melanoma (Wehrli et al., 2000) . Além disso, foi relatada a observação de lesões do tipo acantolíticas em queratinócitos em cultura tratados tanto com PVIgG como com anti-FasR, enquanto PvIgG induz a agregação de FasR, FasL e caspase-8 na membrana celular várias horas antes da formação das lesões (Wang X et al., 2004) . Além disso, relatou-se que o inibidor do tipo caspase-1 bloqueou significativamente a formação de vesículas num modelo de pênfigo de ratinho (Li et al., 2006). Tomados conjuntamente, estes dados indicam que FasL e a via apoptótica extrínseca desempenham um papel crítico nos mecanismos subjacentes a acantólise. Qualquer que seja a natureza dos autoanticorpos de pênfigo, a exposição a PVIgG regula positivamente a expressão de vários genes pró-apoptóticos, incluindo FasL, muitas horas antes de acantólise.
Além disso, o IgG intravenoso (IVIgG) previne a regulação positiva de FasL induzida por PvIgG e apoptose em queratinócitos. 0 IVIgG também previne acantólise e apoptose in vivo (Arredondo J et al., 2005) .
Puviani et al. (J. Investigative Dermatology, vol. 20, η2 1, Jan. 2003, páginas 164-169) divulgam que a adição de anticorpos neutralizantes anti-FasL inibe parcialmente a apoptose de queratinócitos induzida por soros de pênfigo in vitro. Puviani et al. não proporcionam qualquer evidência de um efeito sobre a acantólise ou de eficácia in vivo dos referidos anticorpos.
Sem tratamento, a mortalidade do pênfigo vulgar é próxima dos 100%. A terapia sistémica precoce é necessária para controlar o pênfigo, mas os efeitos secundários da terapia sistémica são uma complicação importante. O tratamento inclui a administração de corticosteroides, medicamentos contendo ouro, o fármaco anti-inflamatório dapsona ou medicamentos que suprimem o sistema imunitário (tais como azatioprina, metotrexato, ciclosporina, ciclofosfamida ou micofenolato mofetilo). O tratamento mais comum para pênfigo é atualmente constituído por esteroides que necessitam ser administrados durante toda a vida e podem ter efeitos secundários graves. A maioria dos doentes de pênfigo morre devido a estes efeitos secundários. Alguns antibióticos são também eficazes, nomeadamente minociclina e doxiciclina. Ocasionalmente usa-se imunoglobulina intravenosa (IVIg). A plasmaferese é um processo pelo qual se remove do sangue o plasma contendo anticorpos e se substituem com fluidos intravenosos ou plasma doado. Pode usar-se plasmaferese além da medicação sistémica para reduzir a quantidade de anticorpos na corrente sanguínea. Várias novas moléculas estão também em desenvolvimento: micofenolato mofetilo, PI-0824, PRTX-100, anti-CD20 são fármacos imunossupressores que atuam nas células T e B. A taxa de mortalidade está ainda hoje em dia na gama entre 5 e 25%, sendo a infeção a causa de morte mais frequente e a terapia prolongada de imunossupressão (principalmente com corticosteroides) é um dos fatores mais significativos que ainda provoca uma taxa de mortalidade elevada. A imunoglobulina pode produzir alguma melhoria a curto prazo, mas não parece induzir remissão durável e o seu custo torna-a impraticável para utilização a longo prazo.
Existem também várias questões associadas ao uso de plasmaferese. Os doentes suprimidos com prednisona ou outros agentes imunossupressores e que recebem plasmaferese, apresentam um risco mais elevado de morte súbita por sépsis. Além disso, o tratamento é muito dispendioso e é necessário um período de hospitalização de duas semanas para administrar a terapia. Consequentemente, devido ao risco de morte súbita por sépsis e ao custo elevado, a plasmaferese é indicada apenas nos casos mais refratários quando o doente está claramente em risco de morrer devido à própria doença. É um objeto da presente invenção proporcionar um agente terapêutico para pênfigo. 0 desenvolvimento de um novo fármaco que bloqueie FasL permitirá prevenir completamente o descolamento celular e a formação da lesão na pele.
De um modo geral, a presente invenção refere-se ao tratamento de uma doença de pele associada com acantólise de queratinócitos por administração de um antagonista de FasL. Os antagonistas de FasL podem ser selecionados de anticorpos anti-FasL, nomeadamente anticorpos anti-FasL humanizados ou humanos, moléculas efectoras de ácido nucleico de expressão de Fas tais como moléculas antissentido ou moléculas capazes de interferência por ARN tais como moléculas de ARNsi, moléculas de recetor de Fas solúveis, muteínas antagonistas de FasL e compostos químicos de baixo peso molecular que inibem a interação Fas-FasL. Os antagonistas de FasL previnem a apoptose de queratinócitos e subsequente descolamento célula-célula (acantólise) . Assim, os antagonistas de FasL são particularmente adequados para a prevenção e/ou tratamento de pênfigo, e.g. para a prevenção e/ou tratamento de pênfigo mucocutâneo. A presente invenção refere-se a um medicamento contendo pelo menos um composto que inibe os efeitos biológicos de FasL. A expressão "composto que inibe os efeitos biológicos de FasL" aqui usada refere-se a todos os compostos que podem inibir completamente ou pelo menos inibir parcialmente ou que podem neutralizar, os efeitos biológicos de FasL. Por exemplo, o efeito inibidor ou neutralizante pode basear-se na supressão da ligação de FasL ao seu recetor natural e consequentemente nas transmissões de sinal assim causadas. Tal pode conseguir-se e.g. pela utilização de anticorpos que se ligam a FasL sozinho ou a recetores solúveis que mimetizam Fas ou a muteínas antagonistas de FasL, bloqueando assim a ligação de FasL aos recetores celulares. A interferência com a expressão de Fas ou FasL por ARNsi, bloqueará o sistema Fas/FasL. A terapia com antagonistas de FasL é uma monoterapia ou pode ser administrada em combinação com outros medicamentos adequados para o tratamento de pênfigo ou outras doenças da pele, particularmente como descrito anteriormente. Por exemplo, uma terapia de combinação de antagonistas de FasL e esteroides pode permitir uma redução drástica das doses de esteroides.
Numa concretização preferida da presente invenção, proporciona-se um agente terapêutico para pênfigo, compreendendo um anticorpo contra um ligando de Fas humano ou um seu fragmento ativo como um ingrediente ativo. 0 anticorpo é preferentemente um anticorpo anti-FasL quimérico, humanizado ou humano ou um fragmento ou derivado de ligação a antigénio, e.g. um anticorpo de cadeia simples recombinante. Caso pretendido, pode conjugar-se o anticorpo com moléculas efectoras, e.g. compostos citostáticos, citotóxicos e/ou radioativos.
Descrevem-se anticorpos humanizados preferidos adequados para o tratamento de doença da pele associada com acantólise de queratinócitos, em particular pênfigo de acordo com a presente invenção, em WO 1997/002290A1 ("Anticorpos anti-ligando de Fas e método de ensaio usando o mesmo anticorpo") ou em WO 1998/010070 Ai ("Imunoglobulina humanizada que reage especificamente com ligando de Fas ou seus fragmentos ativos e região que induz apoptose com origem em anticorpos humanizados contra ligando de Fas").
Descrevem-se anticorpos humanizados preferidos adicionais adequados para o tratamento de doença de pele associada com acantólise de queratinócitos, em particular pênfigo, de acordo com a presente invenção, em US 7 262 277 ("Anticorpos humanos anti-ligando de hFas antagonistas e seus fragmentos").
Os anticorpos humanos ou humanizados têm pelo menos três vantagens potenciais comparativamente aos de ratinho e em alguns casos, a anticorpos quiméricos para uso em terapia humana: 1) devido à parte efectora ser humana pode interagir melhor com as outras partes do sistema humano; 2) o sistema imunitário humano não deve reconhecer a região de esqueleto ou região C do anticorpo humanizado como sendo heteróloga e consequentemente a resposta de anticorpo contra tal anticorpo injetado deve ser menor que contra um anticorpo de ratinho totalmente heterólogo ou contra um anticorpo quimérico parcialmente heterólogo; 3) os anticorpos humanizados injetados terão presumivelmente uma semivida mais semelhante à de anticorpos humanos de ocorrência natural, permitindo a administração de doses menores e menos frequentes.
Os antagonistas de FasL preferidos adicionais são moléculas FasR solúveis compreendendo a parte solúvel extracelular do recetor de Fas ou moléculas antagonistas de FasL modificadas que têm uma atividade de antagonista competitiva ou não competitiva. Estas moléculas inibem interações FasL/FasR na medida em que FasL se liga ao análogo de recetor solúvel ou a molécula antagonista de FasL liga-se ao recetor natural e assim reduz ou elimina completamente a ligação de FasL ativo biologicamente ao recetor natural. Durante o tratamento com ARNsi, pode usar-se uma análise dos niveis de proteína ou de ARN de Fas e/ou FasL para determinar o tipo de tratamento e o decurso da terapia no tratamento de um indivíduo. Pode usar-se a monitorização dos níveis de proteína ou de ARN de Fas e/ou FasL para prever o resultado do tratamento e para determinar a eficácia de compostos e composições que modulam o nível e/ou atividade de determinadas proteínas Fas e/ou FasL associadas com uma característica, condição ou doença.
Num aspeto especialmente preferido, a presente invenção refere-se a um anticorpo selecionado entre (i) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação ao antigénio específico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o referido anticorpo monoclonal compreende pelo menos uma região variável da cadeia pesada e pelo menos uma região variável da cadeia leve, em que as sequências de aminoácidos da região determinante da complementaridade (CDR) da cadeia pesada são: (ai) CDR Hl: Asn Tyr Trp lie Gly (SEQ ID NO:1), (bi) CDR H2 : Tyr Leu Tyr Pro Gly Gly Leu Tyr Thr Asn Tyr
Asn Glu Lys Phe Lys Gly (SEQ ID NO:2),
(ci) CDR H3: Tyr Arg Asp Tyr Asp Tyr Ala Met Asp Tyr (SEQ ID NO:3) e as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia leve são (a2) CDR LI : Lys Ser Thr Lys Ser Leu Leu Asn Ser Asp Gly
Phe Thr Tyr Leu Gly (SEQ ID N0:4), (b2) CDR L2: Leu Vai Ser Asn Arg Phe Ser (SEQ ID NO:5),
(c2) CDR L3: Phe Gin Ser Asn Tyr Leu Pro Leu Thr (SEQ ID NO: 6) para uso na prevenção e/ou tratamento de pênfigo. É aqui também descrito um anticorpo ou um seu fragmento de ligação ao antigénio que reconhece o mesmo epitopo em FasL humano que o anticorpo (i) descrito acima, para o fabrico de um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de uma doença de pele associada com acantólise de queratinócitos, nomeadamente de pênfigo. 0 presente fascículo divulga também o uso de (i) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação de anticorpo específico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o anticorpo monoclonal é produzido pela célula de hibridoma com n2 de acesso FERM BP-5045 ou um anticorpo ou fragmento de anticorpo dele derivado, ou (ii) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação ao antigénio que reconhece o mesmo epitopo de FasL humano que o anticorpo de (i) para o fabrico de um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de uma doença de pele associada com acantólise de queratinócitos, nomeadamente de pênfigo.
Num aspeto adicional, a presente invenção refere-se a um anticorpo selecionado de entre (i) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação ao antigénio especifico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o referido anticorpo monoclonal compreende pelo menos uma região variável da cadeia pesada e pelo menos uma região variável da cadeia leve, em que as sequências de aminoácidos da região determinante da complementaridade (CDR) da cadeia pesada são: (ai) CDR Hl: Glu Tyr Pro Met His (SEQ ID NO:7) , (bi) CDR H2 : Met lie Tyr Thr Asp Thr Gly Glu Pro Ser Tyr Ala Glu Glu Phe Lys Gly (SEQ ID N0:8), (Ci) CDR H3: Phe Tyr Trp Asp Tyr Phe Asp Tyr (SEQ ID NO:9) e as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia leve são (a2) CDR LI: Arg Ala Ser Gin Asp lie Ser Asn Tyr Leu Asn (SEQ ID NO:10), (b2) CDR L2: Tyr Thr Ser Arg Leu His Ser (SEQ ID NO:11),
(c2) CDR L3: Gin Gin Gly Ser Thr Leu Pro Trp Thr (SEQ ID NO:12), para uso na prevenção e/ou tratamento de pênfigo. É aqui também descrito um anticorpo ou um seu fragmento de ligação ao antigénio que reconhece o mesmo epitopo em FasL humano que o anticorpo (i) descrito acima, para o fabrico de um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de uma doença de pele associada com acantólise de queratinócitos, nomeadamente de pênfigo. 0 presente fascículo divulga ainda o uso de (i) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação de anticorpo específico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o anticorpo monoclonal é produzido pela célula de hibridoma com o n2 de acesso FERM BP-5533, FERM BP-5534 e/ou FERM BP-5535 ou um anticorpo ou fragmento de anticorpo dele derivado, ou (ii) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação ao antigénio que reconhece o mesmo epitopo de FasL humano que o anticorpo de (i) para o fabrico de um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de uma doença de pele associada com acantólise de queratinócitos, nomeadamente de pênfigo. 0 presente fascículo divulga além disso o uso de anticorpos anti-FasL humanos, ou suas porções de ligação ao antigénio, compreendendo uma região variável da cadeia leve e/ou uma região variável da cadeia pesada tal como descrito em US 7 262 277.
Em particular, os anticorpos anti-FasL humanos adequados para o tratamento de doença de pele associada a acantólise de queratinócitos aqui divulgados compreendem uma região variável da cadeia leve compreendendo um polipéptido com a sequência apresentada em SEQ ID NO 2 de US 7 262 277 e compreendem adicionalmente uma região variável da cadeia pesada compreendendo um polipéptido com a sequência apresentada em SEQ ID NO 10 ou 18 de US 7 262 277.
Mais particularmente, o fascículo divulga o uso do anticorpo anti-hFas humano 3E1 e/ou 4G11 tal como descritos em US 7 262 277 para o fabrico de um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de doença de pele associada a acantólise de queratinócitos, particularmente de pênfigo.
Neste aspeto, o presente fascículo divulga o uso de (i) um anticorpo monoclonal humano ou um seu fragmento de ligação ao antigénio específico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o referido anticorpo monoclonal compreende pelo menos uma região variável da cadeia pesada e pelo menos uma região variável da cadeia leve, em que as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia pesada são: (ai) CDR Hl: Arg His Gly He Thr (SEQ ID NO: 13) ou (a2) CDR Hl: Ser His Gly lie Ser (SEQ ID NO: 14), (bi) CDR H2 : Trp Ile Asn Ala Tyr Asn Gly Asn Thr Asn Tyr
Ala Gin Lys Vai Gin Gly (SEQ ID NO: 15) ou (b2) CDR H2: Trp Ile Asn Ala Tyr Ser Gly Asn Thr Asn Tyr
Ala Gin Lys Leu Gin Gly (SEQ ID NO: 16), (ci) CDR H3: Glu Thr Met Vai Arg Gly Vai Pro Leu Asp Tyr (SEQ ID NO: 17) ou (c2) CDR H3: Glu Thr Met Vai Arg Gly Vai Pro Cys Asp Tyr (SEQ ID NO: 18) ou (di) uma sequência derivada por substituição de 1, 2 ou 3 aminoácidos de SEQ ID NO: 13, 14, 15, 16, 17 e/ou 18, e/ou as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia leve são (a3) CDR LI : Arg Ala Ser Gin Ser Vai Ser Ser Ser Tyr Leu Ala (SEQ ID NO: 19), (b3) CDR L2: Gly Ala Ser Ser Arg Ala Thr (SEQ ID NO: 20), (c3) CDR L3: Gin Gin Tyr Gly Ser Ser Pro Trp Thr (SEQ ID NO: 21) ou (ch) uma sequência derivada por substituição de 1, 2 ou 3 aminoácidos de SEQ ID NO: 19, 20 e/ou 21 ou (ii) um anticorpo ou um seu fragmento de ligação ao antigénio que reconhece o mesmo epitopo em FasL humana do que um anticorpo (i) , para o fabrico de um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de uma doença da pele associada a acantólise de queratinócitos, particularmente de pênfigo.
Finalmente, o presente fascículo divulga o uso de (i) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação de anticorpo específico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o anticorpo monoclonal é produzido pela célula de hibridoma com o n2 de acesso ATCC PTA-4017 e/ou ATCC PTA-4018 ou um anticorpo ou fragmento de anticorpo dele derivado, ou (ii) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação ao antigénio que reconhece o mesmo epitopo de FasL humana do que o anticorpo de (i) para o fabrico de um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de uma doença de pele associada a acantólise de queratinócitos, nomeadamente de pênfigo. O medicamento da presente invenção pode ser proporcionado como uma composição farmacêutica conjuntamente com um transportador farmaceuticamente aceitável. De preferência, a composição farmacêutica é administrada por injeção ou infusão, e.g. intravenosamente, intra-arterialmente, subcutaneamente, intraperitonealmente ou por outros meios adequados. A composição pode ser administrada local ou sistemicamente. De preferência, a composição é administrada sistemicamente.
As composições farmacêuticas adequadas para uso na invenção compreendem o agente ativo numa quantidade eficaz para atingir o objetivo pretendido. Uma quantidade eficaz de um medicamento da presente invenção pode estar na gama de 0,1 pg a 100 mg, até uma dose total de cerca de 1 g dependendo da via de administração. As composições farmacêuticas podem ser administradas diariamente, e.g. uma ou várias vezes, ou a intervalos de dois a quatro dias, uma vez por semana ou uma vez de duas em duas semanas. 0 medicamento pode ser administrado num ciclo de tratamento único, consistindo de uma ou várias administrações de medicamento, ou em vários ciclos de tratamento, cada um dos quais consistindo de uma ou várias administrações de medicamento. Cada ciclo de tratamento pode ter uma duração de um dia até várias semanas, meses ou mesmo anos.
Assim, de acordo com a presente invenção, o medicamento pode também ser usado numa terapia de combinação com pelo menos uma terapia adicional eficaz contra uma doença de pele associada a acantólise de queratinócitos e em particular contra pênfigo. 0 medicamento será usado quer sozinho, quer em combinação com outros fármacos imunossupressores, em particular com esteroides, de modo a reduzir a sua dose e/ou para minimizar os seus efeitos secundários crónicos. Quando usados em combinação, o medicamento será administrado de preferência numa base mensal. Quando usado sozinho, o medicamento será administrado de preferência continuamente num intervalo de tempo dependente do caso individual.
Adicionalmente, a presente invenção deve ser explicada mais detalhadamente pelos seguintes exemplos.
Exemplos
Avaliámos inicialmente a presença de apoptose em epiderme de pele perilesional em secções congeladas de doentes de pênfigo não tratados por coloração TUNEL. Os espécimes fluorescentes foram analisados por microscopia confocal de varrimento laser. Nas camadas suprabasais da epiderme perilesional a maioria dos queratinócitos estão apoptóticos, comparativamente a pele normal (figura 1).
De modo a confirmar a apoptose em lesões de pênfigo, usamos biopsias fixadas com formalina e embebidas em parafina e detetámos a forma ativa de caspase-3. 0 protocolo de coloração foi efetuado por UltraVision LP Detection System AP Polymer e Fast Red Chromogen (Lab Vision Corporation, CA, USA) de acordo com as instruções do fabricante. A visualização foi obtida com comprimidos de Fast Red em substrato de fosfato de naftol. Em amostras de pênfigo verificámos que o fragmento de caspase-3 se encontra localizado tanto no topo como na base da vesícula, com algumas células positivas em epiderme perilesional (figura 2). Este resultado parece indicar que a morte de células de queratinócitos ocorre antes do descolamento de queratinócitos levando a acantólise.
Dado que os queratinócitos apoptóticos são expressos abundantemente em pênfigo, quisemos explorar se os soros de pênfigo são capazes de induzir apoptose em queratinócitos humanos normais. Para este objetivo, plaqueiam-se queratinócitos em lâminas de câmara e cultivam-se em meio isento de soro (KGM) até pré-confluência. Cultivaram-se então as células em meio basal de queratinócitos e trataram-se durante 48 h com a adição de soro a 25% de doentes não tratados ou de doentes tratados com corticosteroides sistémicos. Usaram-se soros de indivíduos saudáveis como controlos. Avaliou-se a apoptose por coloração TUNEL in situ. Avaliaram-se aproximadamente 100 células, em campos selecionados aleatoriamente, e contou-se a percentagem de células positivas para TUNEL. Os soros de doentes de pênfigo, mas não de indivíduos saudáveis ou de doentes em tratamento com esteroides, induziram apoptose em queratinócitos humanos (figuras 3A-B).
Dado que o sistema Fas/FasL está implicado em muitos processos apoptóticos também ao nível da pele (Wehrli et al., 2000), medimos os níveis de FasL em soros de doentes de pênfigo com um imunoensaio enzimático (ELISA) de dois locais. Determinou-se a concentração de soro pela absorvância a 450 nm contra proteína FasL humana recombinante padrão. Os níveis de FasL foram muito elevados em soros de doentes não tratados e abaixo do limite de deteção em soros de doentes tratados com corticosteroides ou em soros de indivíduos saudáveis. Usaram-se soros de doentes de HBV como controlo positivo (figura 4A). Num doente, os níveis de FasL diminuíram progressivamente com terapia de esteroides sistémica (figura 4B).
Dado que FasL está presente em elevadas quantidades em soros de pênfigo, avaliamos a expressão do seu recetor congénere FasR. Para este fim usamos biopsias fixadas com formalina e embebidas em parafina. 0 protocolo de coloração foi efetuado por UltraVision LP Detection System AP Polymer e Fast Red Chromogen (Lab Vision Corporation, CA, USA) de acordo com as instruções do fabricante. A visualização foi obtida com comprimidos de Fast Red em substrato de fosfato de naftol. Enquanto FasR é expresso apenas em queratinócitos basais na pele normal, em lesões ativas de pênfigo FasR é detetado tanto em células basais, como nas células suprabasais. Ainda mais curiosamente, em pênfigo mucocutâneo (PMC) FasR parece ser expresso ao longo das camadas epidérmicas e mesmo antes de formação de vesícula (figura 5).
FasL é um dos principais desencadeadores da via apoptótica extrínseca ativada por caspase-8. Assim, quisemos avaliar se esta via desempenha um papel na apoptose em pênfigo. Para este fim, pré-trataram-se soros de doentes com anticorpo neutralizantes anti-FasL ou inibidor de caspase-8 e adicionaram-se a culturas de queratinócitos. Cultivaram-se os queratinócitos em KGM e trataram-se com soros de pênfigo ou com soros de doentes não tratados. Os soros foram pré-tratados com anticorpo neutralizante anti-FasL (2,5 mg por ml durante 30 min) ou inibidor de caspase-8 Z-IETD-FMK (100 μΜ durante 30 min). Avaliou-se a apoptose por coloração com TUNEL. A adição de anticorpo neutralizante anti-FasL ou de inibidor de caspase-8 preveniu parcialmente a apoptose de queratinócitos induzida por soros de pênfigo (figura 6).
Além disso, trataram-se queratinócitos tal como na figura 6 e proporcionaram-se com anticorpo anti-FasL ou imunoglobulinas irrelevantes. As células foram seguidamente homogeneizadas em tampão RIPA para análise por transferência "Western". Incubaram-se membranas com anticorpos anti-caspase-8 humana ou anti-b-actina. Quantificou-se a intensidade relativa das bandas nos autorradiogramas por densitometria de varrimento laser. Os resultados demonstraram que a caspase-8 foi ativada acentuadamente em queratinócitos tratados com soros de pênfigo, comparativamente a células não tratadas, enquanto a clivagem de caspase foi inibida parcialmente por pré-tratamento com anticorpo anti-FasL (figura 7).
Tomados conjuntamente, estes dados sugerem que os soros de pênfigo induzem apoptose de queratinócitos através da via apoptótica extrínseca desencadeada pelo sistema Fas/FasL.
Estudos recentes demonstraram que componentes do complexo de adesão caderina-catenina em junções de aderência epiteliais são o alvo de caspases durante apoptose (Weiske et al., 2001) .
De modo a avaliar se a via apoptótica induzida por Fas/FasL também é responsável por separação desmossómica, tratamos queratinócitos confluentes durante 72 h, cultivados em KGM na presença de CaCÍ2 1,8 mM, com soros de pênfigo com ou sem terapia. Analisaram-se extratos de proteína da cultura por transferência "Western" usando anticorpos anti-Dsgl e anti-Dsg3. Usou-se -actina como controlo interno. Verificámos que os soros de pênfigo podem clivar Dsgl e Dsg3. Em particular, os soros de doentes não tratados, mas não de doentes em terapia com esteroide, clivam notoriamente Dsgl e Dsg3. (figura 8).
Mais importante ainda, o tratamento de queratinócitos com quantidades crescentes de FasL (0,1, 10, 100 ng/ml) durante 72 h, clivou dsg de uma forma dependente da dose. Os extratos de proteína da cultura foram analisados por transferência "Western" usando anticorpos anti-Dsgl e anti-Dsg3. Usou-se actina como controlo interno. Estas doses são consistentes com as detetadas em soros de pênfigo (figura 9).
Dado que FasL exerce um papel importante na patogénese de pênfigo, ensaiámos um anticorpo anti-FasL (NOK2, anticorpo produzido pela linha celular de hibridoma NOK2, n2 de acesso FERM BP-5045). Trataram-se queratinócitos confluentes, cultivados em KGM com CaCl2 1,8 mM, durante 72 h com: 1. apenas KGM; 2. Ab anti-FasL (NOK2, 15 yg/ml); 3. FasL (50 ng/ml); 4.
FasL + Ab anti-FasL. Apresentamos evidência que Ab anti-FasL (NOK2) previne a clivagem de dsg induzida por FasL. Também demonstramos que Ab anti-FasL (NOK2) inibe apoptose induzida por caspase-8 (figura 10 A). A figura 10B mostra que Ab anti-FasL (NOK2) previne descolamento célula-a-célula induzido por FasL, i.e. acantólise.
De modo a confirmar adicionalmente o papel central de FasL, usamos outros anticorpos anti-FasL (F918-7-3, anticorpo produzido pela linha celular de hibridoma com o número de acesso FERM BP-5533; F918-7-4, anticorpo produzido pela linha celular de hibridoma com o número de acesso FERM BP-5534; F919-9-18, anticorpo produzido pela linha celular de hibridoma com o número de acesso FERM BP-5535). Trataram-se queratinócitos confluentes, cultivados em KGM com CaCl2 1,8 mM, durante 72 h com: apenas KGM; FasL recombinante (50 ng/ml); meio de hibridoma diluído a 1:1 em KGM; FasL + meio de hibridoma a diferentes diluições em KGM. Apresentámos evidências que os anticorpos anti-FasL previnem clivagem de dsg3 induzida por FasL de uma forma dependente da dose (figura 11A e figura 11B), inibem ativação de apoptose induzida por caspase-8 (figura 11 A) . A figura 11C mostra que o Ab contra FasL contido no meio da linha celular de hibridoma FERM BP-5535 previne o descolamento célula-a-célula induzido por FasL, i.e. acantólise.
Para investigar se a via apoptótica extrínseca é responsável pela clivagem de dsg, pré-tratamos queratinócitos confluentes com inibidor de caspase-8 Z-IETD-FMK (100 μΜ durante 30 min) ou com Ab anti-FasL (NOK2, 15 pg/ml). Seguidamente incubaram-se as células durante 72 h com soros saudáveis ou de pênfigo não tratado. Analisaram-se extratos de proteína da cultura por transferência "Western" usando anticorpos anti-Dsg3 e Ab anti-caspase-8. Usou-se vinculina como controlo interno. (figura 12A). A figura 12B mostra que o descolamento das células (i.e. acantólise) é prevenido por Ab anti-FasL ou inibidor de caspase-8. Estes resultados indicam que a inibição de FasL ou da via apoptótica ativada por caspase-8 previne tanto a ativação de caspase-8, como a clivagem de dsg, bloqueando assim acantólise.
Em conclusão, demonstrámos que FasL exerce uma atividade dupla, ativando a via apoptótica extrínseca mediada por caspase-8 e clivagem de Dsg. De acordo com o nosso trabalho, Wang e colaboradores (Wang et al., 2004) sugeriram que a apoptose poderia ser a causa do fenómeno de acantólise. Eles demonstraram que PV-IgG e um anticorpo contra recetor de Fas (anti-FasR) induzem lesões in vitro de uma forma semelhante, causando: (1) excreção de FasL solúvel; (2) quantidades celulares elevadas de proteínas FasR, FasL (solúvel e membranar) , Bax e p53; (3) redução dos níveis de Bcl-2 celular; (4) enriquecimento em caspase 8 e ativação de caspases 1 e 3; (5) coagregação de FasL e FasR com caspase 8 em complexo membranar de sinalização indutor de morte (DISC) . Assim, a via de sinalização de morte mediada por Fas parece estar envolvida na formação de lesão.
Um modelo animal bem estabelecido tem sido desde há muito tempo largamente usado para estudar pênfigo. A transferência passiva de PVIgG para ratinhos neonatais induz descolamento celular e a formação das bolhas. Este modelo tem sido usado para avaliar o envolvimento de apoptose e FasL na patogénese de pênfigo. Injetámos subcutaneamente PVIgG (5 mg/g/peso corporal) purificado de soros de doentes em ratinhos C57BL/6N Cri recém-nascidos. Serão usados como controlos ratinhos recém-nascidos normais tratados com IgG purificada de soros de indivíduos saudáveis (NIgG). Os animais foram sacrificados 20 horas após injeção. A coloração com hematoxilina e eosina mostra que se desenvolvem vesículas apenas em ratinhos tratados com PVIgG, mas não em ratinhos tratados com IgG humana normal (figura 13A). Detetou-se apoptose quer por TUNEL, quer por ativação de caspase-3 apenas em ratinhos tratados com PVIgG (figura 13B) .
De modo a avaliar o papel de FasL in vivo, trataram-se ratinhos com PVIgG ou PVIgG mais anticorpo anti-FasL (clone MFL3, específico para ratinho). Administrou-se anti-FasL (40 yg/ratinho) 3 h após injeção de PVIgG e preveniu a formação de vesículas em ratinhos, tal como apresentado pela coloração H e E. Além disso, o comprimento das gretas em ratinhos tratados com anti-FasL foi reduzido acentuadamente (figura 14).
Em conclusão, demonstramos que FasL exerce atividade dupla, ativando a via apoptótica extrínseca mediada por caspase-8 e clivagem de Dsg. Ainda com maior importância, o bloqueamento de FasL protege de acantólise in vitro e in vivo.
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Claims (5)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Anticorpo selecionado de: (i) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação ao antigénio especifico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o referido anticorpo monoclonal compreende pelo menos uma região variável da cadeia pesada e pelo menos uma região variável da cadeia leve, em que as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia pesada são: (ai) CDR Hl: Asn Tyr Trp lie Gly (SEQ ID NO:1), (bi) CDR H2 : Tyr Leu Tyr Pro Gly Gly Leu Tyr Thr Asn Tyr Asn Glu Lys Phe Lys Gly (SEQ ID NO:2), (Ci) CDR H3: Tyr Arg Asp Tyr Asp Tyr Ala Met Asp Tyr (SEQ ID NO:3) e as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia leve são (a2) CDR LI : Lys Ser Thr Lys Ser Leu Leu Asn Ser Asp Gly Phe Thr Tyr Leu Gly (SEQ ID N0:4), (b2) CDR L2: Leu Vai Ser Asn Arg Phe Ser (SEQ ID NO:5), (c2) CDR L3: Phe Gin Ser Asn Tyr Leu Pro Leu Thr (SEQ ID NO: 6) para uso na prevenção e/ou tratamento de pênfigo.
  2. 2. Anticorpo selecionado de (i) um anticorpo monoclonal ou um seu fragmento de ligação ao antigénio específico para proteína ligando de Fas (FasL) humana, em que o referido anticorpo monoclonal compreende pelo menos uma região variável da cadeia pesada e pelo menos uma região variável da cadeia leve, em que as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia pesada são: (ai) CDR HI: Glu Tyr Pro Met His (SEQ ID N0:7), (bi) CDR H2: Met lie Tyr Thr Asp Thr Gly Glu Pro Ser Tyr Ala Glu Glu Phe Lys Gly (SEQ ID NO:8), (ci) CDR H3: Phe Tyr Trp Asp Tyr Phe Asp Tyr (SEQ ID NO:9) e as sequências de aminoácidos das regiões determinantes da complementaridade (CDR) da cadeia leve são (a2) CDR LI: Arg Ala Ser Gin Asp lie Ser Asn Tyr Leu Asn (SEQ ID NO:10), (b2) CDR L2: Tyr Thr Ser Arg Leu His Ser (SEQ ID NO:11), (c2) CDR L3: Gin Gin Gly Ser Thr Leu Pro Trp Thr (SEQ ID NO:12) para uso na prevenção e/ou tratamento de pênfigo.
  3. 3. Anticorpo para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, em que o anticorpo ou um seu fragmento de ligação ao antigénio é selecionado de entre um anticorpo parcial ou completamente humanizado, um anticorpo em cadeia simples parcial ou completamente humanizado ou um seu fragmento.
  4. 4. Anticorpo para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores numa terapia de combinação com pelo menos uma terapia adicional eficaz contra pênfigo.
  5. 5. Anticorpo para uso de acordo com a reivindicação 4 em combinação com pelo menos um fármaco imunossupressor adicional, em particular com pelo menos um esteroide adicional. Lisboa, 2015-06-22
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